
Pois não eram esses mesmos pêlos, fartos nas revistas masculinas da década de 80, que me enlouqueciam e marcavam a diferença entre as mulheres de verdade - aquelas que eu desejava - e as desnudas sexualidades aos quais eu tinha acesso? (bem, minha juventude foi rechada de experiências, mas isso é coisa pra outra hora).
A minha própria visão de mim mesmo era claramente definida pela ausência de pêlos. Quando os tivesse, seria um homem completo. Até que isso acontecesse, pouca coisa aconteceria na minha vida. Sexualmente falando.
Trazer os pêlos de volta, fartos, sem nem mesmo aparar, mostrá-los assim, despudorados, me dá uma agradável sensação de voltar à juventude. E curtir o prazer de ver a diferença entre aquele garoto e suas expectativas, e todas as experiências de hoje.
Masturbação mental, eu diria.