sábado, 29 de maio de 2010

Búzios...

Final de semana em búzios ...


... a trabalho!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Inversão de papéis



Aqui em casa a inversão rola solta... Mas agora eu não estou falando apenas da questão sexual.

Todo mundo sabe que o fotógrafo deste blog é o Sr. C4, porém o nome dele agora virou Sr. Trabalho C4, então eu, que só sei apertar o botão da câmera, tive meu momento fotógrafa, tá certo que ele acertou a luz e tudo mais... mas isso não vem ao caso.





domingo, 9 de maio de 2010

Dia das Mães


Esta é uma singela homenagem a todas as mães do babado, e também não do babado (como a minha, que não faz essas sem-vergonhices não).

Todas são especiais, e ainda mais aquelas que são amigas, amantes, damas, putas ... e mães!

Parabéns, meninas, vocês são foda!

domingo, 2 de maio de 2010

Conservadorismo Carioca


Há muito que desejo falar do estranho conservadorismo do carioca. Sim, conservadorismo, com todas as letras, numa negação absoluta da pretensa liberalidade desse povo que vai à praia de fio-dental e micro biquínis, mas que na alcova mal sai do papai-e-mamãe, e nem sempre com a luz acesa!

De fato, quando me mudei para o Rio, com suas praias, mulheres semi-nuas nas mesmas praias, e mulheres completamente nuas no sambódromo, com as revistas pornográficas a colorir faces externas de jornaleiros, com anúncios de putas ao lado de detetives nos classificados do jornal, com seus bordéis instalados em prédios residenciais de Copacabana, com as travestis da Glória exibindo toda sua luxúria livremente - enfim, quando me mudei para cá, esperava que a sociedade carioca fosse o reflexo da imagem que vemos do lugar.

Em muito me enganei.

Apenas uma pequena parcela dos locais é, efetivamente, liberal e libertina. E não é a mesma porção que se exibe à beira-mar ou no templo do samba. E é uma fatia pequena. Pequeníssima. Minúscula, eu diria. O restante da população participa do exibicionismo aonde ele deve acontecer, e nos demais espaços mantêm-se pudica e recatada, como mandam a moral e os bons costumes.

Um belo exemplo deste comportamento são os motéis do Rio de Janeiro. Muitos exibem suites grandiosas, às vezes denominadas "Suíte Festa"e que, no entanto, só permitem a entrada de um casal. E só heterossexual. Bizarro? Sim, e é sobre isso que falarei hoje.
(nota: esta foi uma introdução incomumente longa, vou amenizar na conclusão)

Há alguns anos, passamos o seguinte diálogo na porta do motel:

Atendente - Boa noite, senhor, em que posso ajudá-lo?
(tá, aqui eu estou inventando, nenhuma atendente de motel fala assim. Se eu ganhar o "boa noite" já me considero no lucro)
Sr.C4 - Boa noite, querida, estamos com o casal do carro ali em frente, que acabou de entrar.
Atendente - Pois não, senhor, o senhor vai querer um apartamento ou suíte?
Sr.C4 - Não, não, obrigado. Estamos com o casal ali.
Atendente - Mas, senhor, eles já escolheram um apartamento para eles.
Sr.C4 - Justamente, estamos indo para o apartamento deles.
Atendente - Mas, senhor, os aparatmentos só tem um quarto, são para apenas um casal.
Sr.C4 - Entendemos, mas vamos justamente para ficar no mesmo quarto que eles.
Atendente - Mas, senhor, os quartos só tem uma cama.
Sr.C4 - Justamente, meu bem, vamos todos para a mesma cama, é uma suruba.
Atendente - Senhor, isso aqui não pode não.


Verídico.

O motel em questão foi o Gallant, ou Ponto G, que exibe suntuosas propagandas na Playboy com trios na cama. Vai entender.

Noutra feita, já calejado, liguei para o motel a fim de verificar a disponibilidade - e regras - da "Suíte Festa". Fui transferido para o gerente, que me atendeu super bem e solícito, enaltecendo as qualidades da suíte, como frigobar melhor servido, mesa de jantar com seis lugares, duas camas king size, piscina aquecida, pista de dança, num total de tantos metros quadrados, etc e etc.
Ao perguntar quantas pessoas o motel aceitava na suíte, a resposta foi taxativa: só um. Pombas! Para quê duas camas, então? É fetiche? Eu fico, pelado, me masturbando numa cama, e ela na outra, e a gente se curte à distância? É bom que dá pra fazer sem camisinha e sem risco, foi só o que pude pensar.

Realmente não entendo o que se passa na cabeça dos donos dos motéis. E não consigo conceber sequer uma razão para que procedam desta forma. Eventualmente alguns motéis permitem a entrada de mais pessoas, mas cobram adicionais absurdos, como 50% do valor do apartamento - por cada pessoa extra - ou a exigência de se alugar outros apartamentos.
Detalhe interessante da transação: eles realmente dão a chave dos outros apartamentos.

Num lugar que é construído com o intuito de permitir que os outros façam como quiserem com suas fantasias, por que tanto preconceito com o sexo libertino?

Fica o espaço aberto para os donos de motéis, que, claro, não devem ler este tipo de blog.

PS: As fotos foram retiradas do site Guia de Motéis, e são de autoria dos próprios. Os motéis são Calypso, Mirante e Top Kap.

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